Institutional dimension for sustainable development: the relationship of organic and conventional cotton farming with government
Dimensão institucional para o desenvolvimento sustentável: as relações da cotonicultura orgânica e da convencional com o governo
Paulo Thiago Nunes Bezerra de Melo; Hans Michael van Bellen
Abstract
Keywords
Resumo
Resumo: Estudo buscou analisar a dimensão institucional da cotonicultura convencional e orgânica; especificamente, as relações entre os estabelecimentos rurais e organizações governamentais. Em ambos os sistemas produtivos, convencional e orgânico, os produtores estão inseridos em diferentes ambientes institucionais. Esses ambientes incluem um capital social formado por relações de confiança e afinidades cognitivas. Este estudo tem como foco o capital social e as orientações para o desenvolvimento sustentável. Um estudo de casos múltiplos foi adotado com propósito explanatório. Esses casos referem-se a uma empresa de cotonicultura convencional e uma organização da sociedade civil dedicada à cotonicultura orgânica, ambas localizadas no estado do Piauí. Adotou-se uma perspectiva de análise comparativa com base nos elementos da análise de conteúdo. Os resultados mostraram que o negócio da cotonicultura convencional compreende relações com órgãos governamentais predominantemente orientados para propósitos de eficiência econômica, enquanto a associação de cotonicultura orgânica de base familiar compreende relações orientadas por objetivos econômicos, sociais e ambientais. O presente estudo amplia a discussão sobre esses temas, analisando a dimensão institucional orientada para o desenvolvimento sustentável.
Palavras-chave
Referências
Aguiar, G. A. M., Lima Filho, R. R., & Torres-Junior, A. M. (2013). A última fronteira agrícola.
Altieri, M. A., & Nicholls, C. I. (2012). Agroecology scaling up for food sovereignty and resiliency.
Alves, L. R. A., Barros, G. S. A. D. C., & Bacchi, M. R. P. (2008). Produção e exportação de algodão: Efeitos de choques de oferta e de demanda.
Andrada, C. F., & Sato, L. (2014). Trabalho e política no cotidiano da autogestão: a rede Justatrama.
Andrews, R. (2010). Organizational social capital, structure and performance.
Assis, R. L. D. (2006). Desenvolvimento rural sustentável no Brasil: perspectivas a partir da integração de ações públicas e privadas com base na agroecologia.
Assis, R. L., & Romeiro, A. R. (2002). Agroecologia e Agricultura Orgânica: controvérsias e tendências.
Associação Brasileira dos Produtores de Algodão – ABRAPA. (2013).
Bardin, L. (2006).
Beltrão, N. E. M., Vale, L. S., Marques, L. F., Cardoso, G. D., Silva, F. V. F., & Araújo, W. P. (2010). O cultivo do algodão orgânico no semi-árido brasileiro.
Bijl, R. (2011). Never waste a good crisis: towards social sustainable development.
Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo. (2008).
Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. (2012).
Burt, R. S. (2007). Secondhand brokerage: Evidence on the importance of local structure for managers, bankers, and analysts.
Chambers, S., & Kopstein, J. (2001). Bad civil society.
Coleman, J. S. (1988). Social capital in the creation of human capital.
Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB. (2016).
Cruz, M. S., & Maia, S. F. (2008). Desempenho da cotonicultura brasileira pós-abertura econômica.
Daviron, B., & Vagneron, I. (2011). From commoditisation to de‐commoditisation… and back again: Discussing the role of sustainability standards for agricultural products.
DiMaggio, P. J., & Powell, W. W. (1983). The iron cage revisited: Institutional isomorphism and collective rationality in organizational fields.
Espinosa, H. R., Gómez, C. J. R., & Betancur, L. F. R. (2018). Factores Determinantes de la Sostenibilidad de las Agroempresas Asociativas Rurales.
Faria, M. V. C. M., & Pereira, J. A. (2012). A rede de economia solidária do algodão agroecológico: desenvolvimento humano, sustentabilidade e cooperação entre os produtores rurais do Estado do Ceará.
Ferreira Filho, J. B. D. S., Alves, L. R. A., & Villar, P. M. D. (2009). Estudo da competitividade da produção de algodão entre Brasil e Estados Unidos-safra 2003/04.
Ferro, A. B., & Castro, E. R. D. (2013). Determinantes dos preços de terras no Brasil: uma análise de região de fronteira agrícola e áreas tradicionais.
Flores, P. (2013). Organic agriculture in Latin America and the Caribbean. In H. Willer, J. Lernoud, & L. Kilcher (Eds.),
Food and Agriculture Organization of the United Nations. (2020).
Haddad, P. R. (1999). A concepção de desenvolvimento regional. In P. R. Haddad (Org.).
Hartmann, A. S., & Serafim, M. C. (2014). Uma proposta de modelo de análise do capital social organizacional. In:
Hodgson, G. M. (1998). The approach of institutional economics.
Jalfim, F., Sidersky, P., Rufino, E., Santiago, F., & Blackburn, R. (2013). Geração do conhecimento agroecológico a partir da interação entre atores: a experiência do Projeto Dom Helder Camara.
Jorge, M. (2009). Desenvolvimento Produtivo para evitar a volta da vulnerabilidade externa. In J. P. R. Velloso, & R. C. Albuquerque (Orgs.),
Lopolito, A., Nardone, G., & Sisto, R. (2011). Towards a comprehensive evaluation of local action groups in LEADER programmes.
March, J. G., & Olsen, J. P. (2008). Neo-institucionalismo: fatores organizacionais na vida política.
Mattos, P. L. C. (2005). A entrevista não-estruturada como forma de conversação: razões e sugestões para sua análise.
Melo, P. T. N. B. (2013). Indicadores da dimensão institucional do desenvolvimento sustentável e os objetivos da Rio+ 20.
Meyer, J. W., & Rowan, B. (1977). Institutionalized organizations: Formal structure as myth and ceremony.
Nahapiet, J., & Ghoshal, S. (1998). Social capital, intellectual capital, and the organizational advantage.
North, D. C. (1990).
Pfahl, S. (2005). Institutional sustainability.
Pignati, W., Oliveira, N. P., & Silva, A. M. C. D. (2014). Vigilância aos agrotóxicos: quantificação do uso e previsão de impactos na saúde-trabalho-ambiente para os municípios brasileiros.
Porto, M. F., & Soares, W. L. (2012). Modelo de desenvolvimento, agrotóxicos e saúde: um panorama da realidade agrícola brasileira e propostas para uma agenda de pesquisa inovadora.
Putnam, R. D. (2002).
Ribeiro, F. J., & Markwald, R. (2009). Balança Comercial e déficits em transações correntes: de volta à vulnerabilidade externa? In J. P. R. Velloso, & R. C. Albuquerque (Orgs.).
Rover, O. J. (2011). Agroecologia, mercado e inovação social: o caso da Rede Ecovida de Agroecologia.
Ruggie, J. G., & Nelson, T. (2015).
Sabourin, E. (2007). Que política pública para a agricultura familiar no segundo governo Lula?
Sampaio, G. C., Marini, M. J., & Santos, G. D. (2018). Capital Social e Ações Conjuntas: um estudo de caso no Arranjo Produtivo de vinhos de altitude catarinense.
Santos, G. R. (2011).
Serva, M., & Andion, C. (2004). O Controle Coletivo dos Riscos Ambientais na Produção de Alimentos: uma análise do sistema de certificação participativa na Rede Ecovida de Agroecologia. In
Silva, G. G., Vilpoux, O. F., Cheung, T. L., & Defante, L. R. (2016). Agricultura familiar e cooperação: caso da COOP-GRANDE no município de Campo Grande (MS).
Souza, R. T., & Caldas, E de L. (2018). Redes alimentares alternativas e potencialidade ao desenvolvimento do capital social.
Spangenberg, J. H. (2002). Institutional sustainability indicators: an analysis of the institutions in Agenda 21 and a draft set of indicators for monitoring their effectivity.
Tsai, W., & Ghoshal, S. (1998). Social capital and value creation: The role of intrafirm networks.
United Nations. (1992).
Veblen, T. (1987).
Vogelpohl, T., & Aggestam, F. (2012). Public policies as institutions for sustainability: potentials of the concept and findings from assessing sustainability in the European forest-based sector.
Yin, R. K. (2005).
Submetido em:
29/05/2019
Aceito em:
20/12/2020