No presente artigo discute-se a dinâmica do relacionamento entre a agroindóstria e a agricultura, a partir da identificação de dois padrões de desenvolvimento agroindustrial. No primei- ro, a disponibilidade da matéria-prima é o fator de atração para a indóstria processadora. Este padrão prevaleceu na agroindóstria tradicional, como a do mate e da madeira, e do café, algodão, soja e pe- cuária no norte do Estado do Paraná. No segundo, a existência prévia de matéria-prima deixa de ser condição preponderante para a decisão de instalação e/ou expansão agroindustrial. São exemplos a sericicultura, a cana-de-açócar, a'Stévia e a laranja. Enquanto no primeiro padrão o produtor rural detém certo grau de liberdade em suas decisões, no segundo perde sua autonomia e passa a um siste- ma de produção integrada: as decisões econômicas sobre o que, quanto e como produzir, transferem- se para a agroindóstria.