Revista de Economia e Sociologia Rural
https://revistasober.org/article/5da0ff790e8825b821c1205a
Revista de Economia e Sociologia Rural
ARTIGO ORIGINAL

SOCIOLOGIA DA AGRICULTURA: UM NOVO ENFOQUE PARA A SOCIOLOGIA RURAL

MANOEL MALHEIROS TOURINHO; LEVY CRUZ

Downloads: 35
Views: 3227

Resumo

A sociologia rural, afora alguns trabalhos de exceção, abandonou a agricultura como objeto de estudo e dedicou-se à investigação das sociedades rurais, ou seja, aquelas que viviam fora das cidades. Esse enfoque vem sendo altamente criticado nos últimos poucos anos, crítica essa que vem acompanhada -de uma proposta de uma sociologia da agricultura. Utilizando teorias marxistas e também da 'sociologia norte-americana standard', esse novo campo se propõe a analisar o processo de produção agrícola e os fenômenos com ela relacionados: relações de produção, mão-de-obra agrícola, o associativismo a ela vinculado assim como aos produtores não diretos, a organização social da produção agrícola e o sistema de classes sociais. Este trabalho procura mostrar a origem e o desenvolvimento da sociologia rural, a crítica ao enfoque predominante até hoje, e as idéias principais da. nova sociologia da agricultura (particularmente dois enfoques que chama de institucional-espacial e organizacional), assim como registra a situação a respeito dos estudos agrários e da sociedade rural brasileiros.

Palavras-chave

sociologia, agricultura, organização, organização social, sociologia rural, sociologia da agricultura

Referências

BANAJI, J. Summary of selected parts of Kautsky's the agrarian question. ln: BUTTEL, F. H. & NEWBY, H., eds. The rural sociology of advanced societies: criticai perspectives. Montclair, Allanheld, Osmun, 1980. p. 39-82.

BELL, C. & NEWBY, H. The source of variation in agricultura! workers: images of society. Socio. Rev., 21(2):229-53. 1973.

BUTTEL, F. H. & NEWBY, H., eds. The rural sociology of advanced societies: criticai perspectives.
Montclair, Allanhed, Osmun, 1980. 529p.

CARDOSO, F. H. Tensões sociais no campo e reforma agrária. R. Bras. Est. Polít. 12:7-26. 1961.

COOP, J. H. Rural sociology and rural development. Rur. Soe., 37(4) :515-33. 1972.

COSTA, M. A. Urbanização e migração urbana no Brasil. ln--, ed. Estudos de demografia urbana. Rio de Janeiro, Instituto de Planejamento Econômico e Social, 1975. p. 39-122.

FELDMAN, A. 5. & MOORE, E. W. Commitment of the industrial labor force. ln: MOORE, W. E. & FELDEMAN, A. 5., eds. Labor commitment and social change in developing areas. New York, Social Science Research Council. 1960. p. 2-27.

FRIEDLAND, W. H. The end of rural society and the future of rural sociology. Rur. Soe., 47 (4) :589-608. 1982.

____.; BARTON, A. E., THOMAS, R. J. Manufacturing green gold: capital, labor, and technology in the lettuce industry. Cambridge, Mass, Cambridge University Press, 1981. 159p. (American Sociological Association Rose Monograph Series).

___. & THOMAS, R. J. State politics and public interests; paradoxes of agricultura! unionism in California. Trani.-Action, 11 (4) :54-62. 1974.

GALJART, B. The future of rural sociology. Soe. Rur., 13(3/4):254-63, 1973.

GI DOENS, A. Classical social theory and modem sociology. Am. J. Soe., 81 (4) :703-29. 1976.

GILBERT, J. Rural theory: the grounding of rural sociology. Rur. Soe., 47(4):609-33. 1982.

HOFSTEE, E. W. Rural sociology in Europe. Rur. Soe., 26(1):1-14. 1963.

INCAO, M.C. d'. O Bóia-fria: acumulação e miséria. 8a. ed. Petrópolis, Vozes, 1975. 154p.

IANNI, O. G. A constituição do proletariado agrícola no Brasil. R. Bras. Est. Pol., 12:27-46. 1961.

KALIL, R. The absorption of manpower by the urban and rural sectors of Brazil. Bull. lnst. Stat., Oxford University, 21(2):45-53. 1965.

KERR, C. et alii. lndustrialism and industrial man. Cambridge, Mass., Harvard University, 1960. 231p.

LEÊ, G. R. Residenti,11 location and fear of crime among the elderly. Rur. Soe., 47(4):655-69. rn82.

LIANOS, T. P. & PARIS, O. American agricultura and the prophecy of increasing misery. Am. J. Agric. Econ., 54(4):570-77. 1972.

LOPES, J. R. B. Do latifúndio à empresa: unidade e diversidade do capitalismo no campo. 2 ed. Petrópolis, Vozes, 1981. 125p.

MARTINS. J. de S. Adoção de práticas agrícolas e tensões sociais: a situação dos plantadores de algodão na Alta Sorocabana. Cad. Centro Est: Rurais e Urb., São Paulo, (6) :201-16. 1973.

MARX, K. O Capital: crítica da economia política. São Paulo, Abril Cultural, 1984. 306p. volume 1, Livro Primeiro, Tomo 2.

MEDINA, C. A. de. A estrutura agrária brasileira: características e tendências. América Latina, 7(1):71-93. 1964.

MONTEIRO, D. T. Estrutura social e vida econômica em uma área de pequena propriedade e de monocultura. R. Bras. Est. Pol., 12:47-63. 1961.

NAVARRO, Z. S. Movimentos rurais no Sudeste da Bahia (1955-1964). Cad. do CEAS, (85) :14-23, mai./jun. 1983.

NEWBY, H. The rural sociology of advanced capitalist societies. ln:--; ed. lnternational perspectives in rural sociology. Chichester, John Wiley & Sons, 1978. 220p.

____. The differential dialectic. Comp. Stud. Soe. and Hist., 17(2) :139-64. 1975.

____. & BUTTEL, F. H. Toward a criticai rural sociology. ln:· BUTTEL F. H. & NEWBY, H., eds. The sociology of advanced societies: criticai perspectivas. Montclair, Allanheild, Osmun, 1980. p. 1-35.

NICOLITCH, R. Family-operated farms: their comparability with technological advance. Am J. Agric. Econ., 51 (3):491-9. 1969.

PALMEIRA, M. Casa e trabalho: nota sobre as relações sociais na plantation tradicional. Contraponto, 2(2):108-14. 1977.

QUEIROZ, M. 1. P. de. O messianismo no Brasil e no mundo. 2 ed. São Paulo, Alfa-Ómega. 1977. 441p.

RUSHING, W. A. Class, culture and alienation: a study of farmers and farm workers. Lexington, Mass., D.C. Heath, 1972. 190p.

SEWELL, W. H. Needed research in rural sociology. Rur. Soe., 30(4):428-51. 1950.

SIGAUD, L. O sindicato e a estratégia do capital. ln: SÃO PAULO. UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. FACULDADE DE Cll:NCIAS AGRONÔMICAS. DEPARTAMENTO DE ECONOMIA RURAL. A mão-de-obra volante na agricultura. São Paulo, Polis, 1982. p. 224-53.

SIMS, N. le R. Elementsof sociology. New York, Thomas Y. Crowell, 1947. 690p.

SMITH, T. L. Rural sociology in the United States and Canadá: a trend report. Curr. Soe., 6 (1):5-18. 1957.

STEIN, M. R. The eclipse of community: an interpretation of American studies. Princeton, Princeton University Press, 1960. 352p.

STINCHCOMBE, A. L. LIPSET, S. M., eds. p. 182-90.

Agricultura! enterprise and rural class relations. ln: BENDIX R. & Class, status and power, 2 ed. New York, The Free Press, 1966.

SUMMERS, G. et alii. Industrial invasion of non-metropolitan industrial growth and community change. Lexington, Mass., D. C. Heath, 1976. 231 p.

VELHO, O. G. Capitalismo autoritário e campesinato. São Paulo, DIFEL, 1976. 261p.

VINHAS, M. Problemas agrário-camponeses do Brasil. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1968. 244p.

WAKELEY, R. E. Definition and relationship of rural sociology. Rur. Soe., 32(2):195-8. 1967.

WARNER, W. K. Rural society in a post-industrial age. R~r. Soe., 39(3):306-17, 1974.

WINFREE, Jr., L. T. & GRIFFITHS, C. T. Social learning and adolecent marijuana use: a trend study of deviant behavior in a rural middle school. Rur. Soe., 48(2) :219-39, 1983.


Submetido em:
03/05/1985

Aceito em:
13/06/1986

5da0ff790e8825b821c1205a resr Articles
Links & Downloads

resr

Share this page
Page Sections