A DINÂMICA AGROEXPORTADORA BRASILEIRA: MUDANÇA ESTRUTURAL, VANTAGEM COMPARATIVA E FONTES DE CRESCIMENTO
Fátima Marília Andrade de Carvalho
Resumo
O processo de redução do ritmo de crescimento das exportações agroindustriais brasileiras, desde o final da década de 1970, apesar de generalizado, atinge, de forma mais acentuada, o grupo dos exportáveis tradicionais. Simultaneamente, vão ocorrendo mudanças na estrutura da pauta em termos de maior diversificação, passando a liderar commodities com maior valor adicionado ou maior grau de industrialização. Os indicadores de vantagem comparativa revelam essa dinimica, e a decomposição das fontes de crescimento das exportações, obtida pela aplicação do método de Constant-Market-Sharl (CMS), mostra a importância do crescimento do comércio mundial e da competitividade na explicação do desempenho das exportações brasileira, da década de 1970 ao início dos anos 1990. A expansão da capacidade tecnológica aparece como alternativa mais viável na consolidação de vantagens comparativas já adquiridas em setores tradicionais, na sua ampliação em setores que sinalizam os espaços potenciais e na exploração de novas vantagens comparativas, em nichos de mais alta tecnologia.