Revista de Economia e Sociologia Rural
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Revista de Economia e Sociologia Rural
ARTIGO ORIGINAL

A SITUAÇÃO DO FEIJÃO NO BRASIL COM ALGUMAS SUGESTÕES PARA A POLÍTICA

JOHN H. SANDERS; GENI H. NICOLETI

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Resumo

Desde a Segunda Guerra Mundial, a produção de Phaseolus vulgaris e Vigna quase duplicou. Este aumento na produção resultou da expansão da área, porque os rendimentos absolutos de ambos os tipos de feijão foram não somen- te baixos, mas decrescentes durante o tempo. Até a década de 70, os aumentos maiores da produção de Phaseolus vulgaris foram nos estados de fronteiras, no Sul e Oeste, e de Vigna (caupi), no Maranhão. Durante a década de 70, a produção brasileira de soja aumentou de menos de um milhão a doze milhões de tonela- das métricas. A soja trouxe a doença "mosaico-dourado" e empurrou o feijão (Phaseolus vulgaris) para os solos mais marginais. Na década de 1967/1976, os preços deflacionados do feijão aumentaram substancialmente - de menos de um milhão até doze milhões de toneladas - mostrando uma variação entre anos. Ana- lisando as diferenças entre preços de feijão (!'haseolus vulgaris) pelas suas qualida- des, os feijões com bom caldo receberam um preço 35% mais alto, enquanto que os feijões não-pretos tiveram uma vantagem de preço de 11%. Finalmente, uma política para evitar uma caída drástica do preço, nos anos com clima favorável ao feijão, é recomendada para aumentar os incentivos aos produtores. Com esta polí- tica seria necessário comprar o feijão (Phaseolus vulgaris) em quatro dos dez anos, 1967/1976, com o custo de 4,4 até 8,6% do valor da colheita.

Palavras-chave

feijão, Phaseolus vulgaris, Vigna, incentivos agrícolas.

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Submetido em:
22/03/1982

Aceito em:
15/06/1982

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