Revista de Economia e Sociologia Rural
https://revistasober.org/article/doi/10.1590/1234-56781806-94790560306
Revista de Economia e Sociologia Rural
Artigo original

Desempenho Comparativo entre Países Exportadores de Pescado no Comércio Internacional: Brasil eficiente?

Alessandra Cristina da Silva Farias; Rafael Bráz Azevedo Farias

Downloads: 0
Views: 1139

Resumo

Resumo:: O comércio internacional de pescados vem se destacando nas últimas décadas, pois é apontado como de ampla competição. Como forma de entender a dinâmica desse comércio, o objetivo da pesquisa foi caracterizar o desempenho histórico dos países exportadores de pescado no mercado internacional, com ênfase no Brasil, verificando quais países o comércio exterior serve como uma estratégia de crescimento econômico para os setores pesqueiro e aquícola. Para isso, uma matriz de desempenho foi elaborada de acordo com os valores e a tendência na série histórica mensuradas pelos índices de vantagem comparativa revelada (IVCR) e de posição relativa (IPR). Desse modo, a eficiência na dinâmica do comércio internacional de pescado se deve aos países desenvolvidos, que comercializam o pescado, principalmente entre si. Este intercâmbio é bem variado tanto em produtos quanto em países. No caso do Brasil, o desempenho foi ineficiente e decrescente, pois o pescado não é pauta importante no conjunto das exportações brasileiras, assim como a venda do produto para o mercado externo é inábil. Portanto, o pescado brasileiro não está servindo como uma estratégia de crescimento econômico para os setores pesqueiro e aquícola, utilizando-se do comércio internacional e interno.

Palavras-chave

aquicultura, exportação, pesca, posição relativa, vantagem comparativa.

Referências

ASCHE, F. et al. Fair enough? Food security and the international trade of seafood. World Development, v. 67, p. 151-160, 2015.

BALASSA, B. Trade liberalisation and “revealed” comparative advantage. The Manchester School, v. 33, n. 2, p. 99-123, 1965.

BARBOSA, J. M. Fraudação na comercialização do pescado. Acta of Fisheries and Aquatic Resources, v. 3, n. 2, p. 89-99, 2015.

BRABO, M. F. et al. Cenário atual da produção de pescado no mundo, no Brasil e no estado do Pará: ênfase na aquicultura. Acta of Fisheries and Aquatic Resources, v. 4, n. 2, p. 50-58, 2016.

CARDOSO, E. S., LEAL, C. L. C. e COSTA, J. M. O mercado e o pescado: uma primeira atualização dos circuitos econômicos e das cadeias produtivas do peixe em Santa Maria - RS. Ciência e Natura, v. 35, n. 2, p. 226-231, 2013.

ESPERANÇA, A. A., LÍRIO, V. S. e MENDONÇA, T. G. Análise comparativa do desempenho exportador de flores e plantas ornamentais nos estados de São Paulo e Ceará. Revista econômica do Nordeste, v. 42, n. 2, p. 259-286, 2011.

FAO. The state of world fisheries and aquaculture. Rome: FAO, 2010, 197 p.

FAO. The state of world fisheries and aquaculture: contributing to food security and nutrition for all. Rome: FAO, 2016, 204 p.

GEPHART, J. A. e PACE, M. L. Structure and evolution of global seafood trade network. Environmental Reserarch Letters, v. 10, p. 1-11, 2015.

GONÇALVES, R. R. et al. Economia internacional. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2013, 156p.

GUJARATI, D. N. e PORTER, D. C. Econometria básica. 5. ed. São Paulo: Amgh Editora, 2011, 920 p.

KIRCHNER, R. M. et al. Análise da produção e comercialização do pescado no Brasil. Revista Agroambiente Online, v. 10, n. 2, p. 168-177, 2016.

LAFAY, G. et al. Nations et mondialisation. Paris: Economica, 1999. 410 p.

LOZANO, B. S. et al. Qualidade e segurança agroalimentar: a influência do transporte na qualidade do peixe. Revista da Universidade Vale do Rio Verde, v. 12, n. 1, p. 238-247, 2014.

MOREIRA, U. Teorias do comércio internacional: um debate sobre a relação entre crescimento econômico e inserção externa. Revista de Economia Política, v. 32, n.2, p. 213-228, 2012.

MUNDURUCA, D. F. V. e SANTANA, J. R. Comércio exterior como estratégia de crescimento econômico: uma proposta de priorização de produtos exportáveis para a economia sergipana. Revista econômica do Nordeste, v. 43, n. 3, p. 611-630, 2012.

NORTH, D. Location Theory and Regional Economic Growth. Journal of political economy, v. 63, n. 3, p. 243-258, 1955.

OSTRENSKI, A., BORGHETTI, J. R. e SOTO, D. Aquicultura no Brasil: o desfaio é crescer. Brasília: FOAO/MPA, 2008, 276 p.

PAIS, P. S. M., GOMES, M. F. M. e COROMEL, D. A. Análise da competitividade das exportações brasileiras de minério de ferro, de 2000 a 2008. Revista de Administração Mackenzie, v. 13, n. 4, p. 121-145, 2012.

RANI, P. e KUMAR, N. R. Status and competitiveness of fish exports to European Union. Fishery Technology, v. 53, p. 69-74, 2016.

ROCHA, C. M. C. et al. Avanços na pesquisa e no desenvolvimento da aquicultura brasileira. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 48, n. 8, p. iv-vi, 2013.

SANTOS, E. L. N. et al. A logística na exportação da indústria do pescado no Rio Grande do Norte. Empírica, v 8, n. 1, p. 55-66, 2015.

SARTORI, A. G. O. e AMANCIO, R. D. Pescado: importância nutricional e consumo no Brasil. Segurança alimentar e nutricional, v. 19, n. 2, p. 83-93, 2012.

SONODA, D. Y. et al. Desequilíbrio entre a oferta e a demanda brasileira por pescados em 2002/2003 e 2008/2009. Revista iPecege, v. 1, n. 1, p. 9-21, 2015.

USDA. Livestock and poultry: world markets and trade. Disponível em:<Disponível em:https://apps.fas.usda.gov/psdonline/circulars/livestock_poultry.pdf >. Acesso em: 5 abr. 2017.

YAMAGUCHI, M. M., BARRETO, L. E. G. S. e IGARASHI, M. A. Estrategias para o desenvolvimento da aquicultura no Brasil. UNOPAR Científica: Ciências exatas e Tecnológicas, v. 7, p. 13-24, 2008
 

5cee95060e8825655ba63c10 resr Articles
Links & Downloads

resr

Share this page
Page Sections