Institutional arrangements in the commercialization of electric energy from sugarcane biomass in the Brazilian midwest
Arranjos institucionais na comercialização de energia elétrica de biomassa de cana-de-açúcar na região centro-oeste do Brasil
Marli da Silva Garcia; Olivier François Vilpoux; Marney Pascoli Cereda
Abstract
Keywords
Resumo
Resumo: Reduzir o uso de combustíveis fósseis e os impactos ambientais justifica a geração de eletricidade a partir de fontes renováveis. No Brasil, a cana-de-açúcar é a biomassa que gera mais energia elétrica e o estado do Mato Grosso do Sul é responsável pela geração de 10% dessa eletricidade. A produção pode ser negociada no mercado spot em contratos de longo prazo regulados pelo Governo Federal e em contratos livres, entre empresas. Apesar dessas opções, apenas metade das indústrias canavieiras do Mato Grosso do Sul comercializa eletricidade. Com base na Economia dos Custos de Transação, o objetivo desta pesquisa é identificar, dentre as estruturas de governança utilizadas, as mais adequadas para a comercialização da eletricidade produzida pelas usinas de cana-de-açúcar no estado de Mato Grosso do Sul, além de avaliar o impacto do ambiente institucional nessas estruturas. Um questionário foi aplicado a todas as empresas canavieiras do estado e foram realizadas entrevistas com especialistas e agências reguladoras. Os resultados indicam que o uso generalizado de formas plurais de governança reduz os riscos associados a um ambiente institucional fraco e à judicialização do mercado spot. A preferência por contratos livres e transações de curto prazo indica a falta de confiança nas instituições, com a necessidade de fortalecer agências reguladoras independentes.
Palavras-chave
Referências
Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL (2014).
Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL. (2015a).
Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL. (2015b).
Altman, I., & Johnson, T. (2008). The choice of organizational form as a non-technical barrier to agro-bioenergy industry development.
Araujo, J., Costa, A. M., Correia, T., & Melo, E. (2008). Energy contracting in Brazil and electricity prices.
Associação Brasileira de Comercializadores de Energia – ABRACEEL. (2017).
Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul – BIOSUL. (2015).
Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul – BIOSUL. (2019).
Bocci, E., Di Carlo, A., & Marcelo, D. (2009). Power plant perspectives for sugarcane mills.
Brasil. (2004a). Decreto nº 5.163 de 30 de julho de 2004. Regulamenta a comercialização de energia elétrica, o processo de outorga de concessões e de autorizações de geração de energia elétrica, e dá outras providências.
Brasil. (2004b). Lei nº 10.847 de 15 de março de 2004. Autoriza a criação da Empresa de Pesquisa Energética – EPE e dá outras providências.
Brasil. (2004c). Lei nº 10.848 de 15 de março de 2004. Dispõe sobre a comercialização de energia elétrica.
Brasil. (2006). Resolução Conama nº 382, de 26 de dezembro de 2006. Estabelece os limites máximos de emissão de poluentes atmosféricos para fontes fixas.
Brasil. (2007). Decreto nº 6.048 de 27 de fevereiro de 2007. Altera os arts. 11, 19, 27, 34 e 36 do Decreto no 5.163, de 30 de julho de 2004, que regulamenta a comercialização de energia Elétrica, o processo de outorga de concessões e de autorizações de geração de energia elétrica.
Brasil. (2012). Decreto nº 7.805 de 14 de setembro de 2012. Regulamenta a Medida Provisória no 579, de 11 de setembro de 2012, que dispõe sobre as concessões de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, sobre a redução dos encargos setoriais, sobre a modicidade tarifária, e dá outras providências.
Brasil. Ministério de Minas e Energia – MME. (2013).
Brasil. Ministério de Minas e Energia – MME. (2016).
Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE. (2015).
Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE. (2020a).
Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE. (2020b).
Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE. (2020c).
Coase, R. H. (1937). The nature of the firm. Economica.
Coutinho, P. C., & Oliveira, A. R. (2013). Trading forward in the Brazilian electricity market.
Dalbem, M. C., Brandão, L. E. T., & Gomes, L. L. (2014). Can the regulated market help foster a free market for wind energy in Brazil?
Defante, L. R., Vilpoux, O. F., & Sauer, L. (2018). Evolução da produção de cana-de-açúcar no Estado de Mato Grosso.
Delmas, M., & Tokat, Y. (2005). Deregulation, governance structures, and efficiency: The U.S. electric utility sector.
Deshmukh, R., Jacobson, A., Chamberlin, C., & Kammen, D. (2013). Thermal gasification or direct combustion: comparison of advanced cogeneration system in sugarcane industry.
Erdogdu, E. (2013). A cross-country analysis of electricity market reforms : Potential contribution of New Institutional Economics.
Fabrizio, K. R. (2013). The effect of regulatory uncertainty on investment : evidence from renewable energy generation.
Finon, D., & Perez, Y. (2007). The social efficiency of instruments of promotion of renewable energies : a transaction-cost perspective.
Garcia, M., Vilpoux, O. F., & Cereda, M. P. (2018). Distributed electricity generation from sugarcane for agricultural irrigation: a case study from the midwest region of Brazil.
Ghosh, R., & Kathuria, V. (2015). Gas based power generation in India : lessons from a transaction cost analysis.
Gomes, C. F., & Maia, A. C. C. (2013). Ordenação de alternativas de biomassa utilizando o apoio multicritério à decisão.
Henisz, W. J., & Zelner, B. A. (2001). The institutional environment for telecommunications investment.
Higashi, S. Y., Fagundes, M. B. B., Caleman, S. M. Q., Sauer, L., & Saes, M. S. (2017). Plural forms of governance at central supply markets.
Hofsetz, K., & Silva, M. A. (2012). Brazilian sugarcane bagasse: energy and non-energy consumption.
International Energy Agency – IEA (2013).
Langniss, O., & Praetorius, B. (2006). How much market do market-based instruments create? An analysis for the case of ‘“ white ”’ certificates.
Lopes, D., & Leite, A. (2016). What accounts for plural forms of governance structure in the same industry or firm: the case of the Brazilian Electricity Industry.
Ménard, C. (2004). The economics of hybrid organizations.
Ménard, C. (2013). Plural forms of organization: where do we stand?
Ménard, C. (2014). Embedding organizational arrangements : towards a general model.
Ménard, C., & Shirley, M. M. (2014). The future of new institutional economics: from early intuitions to a new paradigm?
Michelazzo, M. B., & Braunbeck, O. A. (2008). Análise de seis sistemas de recolhimento do palhiço na colheita mecanizada da cana-de-açúcar.
Nepal, R., Menezes, F., & Jamasb, T. (2014). Network regulation and regulatory institutional reform : Revisiting the case of Australia.
Niesten, E., Jolink, A., Lopes de Sousa Jabbour, A. B., Chappin, M., & Lozano, R. (2017). The impact of governance and institutions on sustainable performance.
North, D. (1990).
North, D. (2005).
Praetorius, B., & Bleyl, J. W. (2006). Improving the institutional structures for disseminating energy efficiency in emerging nations : a case study for energy agencies in South Africa.
Raynaud, E., Schnaider, P. S. B., & Saes, M. S. M. (2019). Surveying the economics of plural modes of organization.
Rego, E. E., & Parente, V. (2013). Brazilian experience in electricity auctions: Comparing outcomes from new and old energy auctions as well as the application of the hybrid Anglo-Dutch design.
Rendeiro, G., Macedo, E. N., Pinheiro, G., & Pinho, J. (2011). Analysis on the feasibility of biomass power plants adding to the electric power system e Economic, regulatory and market aspects e State of Pará, Brazil.
Sander, M. (2016). The rise of governments in global oil governance : Historical dynamics, transaction cost economics, and contemporary implications.
Scaramucci, J., Perin, C., Pulino, P., Bordoni, O. F. J. G., da Cunha, M. P., & Cortez, L. A. B. (2006). Energy from sugarcane bagasse under electricity rationing in Brazil: a computable general equilibrium model.
Schnaider, P. S. B., Ménard, C., & Saes, M. S. M. (2018). Heterogeneity of plural forms: a revised transaction cost approach.
Signorini, G., Ross, R. B., & Peterson, H. C. (2015a). Historical analysis of institutions and organizations: the case of the Brazilian electricity sector.
Signorini, G., Ross, R. B., & Peterson, H. C. (2015b). Governance strategies and transaction costs in a renovated electricity market.
Silva, N. F., Rosa, L. P., Freitas, M. A. V., & Pereira, M. G. (2013). Wind energy in Brazil : from the power sector ’s expansion crisis model to the favorable environment.
Souza, F. C., & Legey, L. F. L. (2010). Dynamics of risk management tools and auctions in the second phase of the Brazilian Electricity Market reform.
Souza, Z. J. (2017).
Spanjer, A. R. (2009). Regulatory intervention on the dynamic European gas market: neoclassical economics or transaction cost economics?
União da Industria de Cana de Açúcar – ÚNICA. (2017
União da Industria de Cana de Açúcar – ÚNICA. (2018).
Ursaia, G. C., Guerra, J. B. A., Youssef, Y. A., & Lordemann, J. A. (2013).
Vahl, F. P., Rüther, R., & Casarotto Filho, N. (2013). The influence of distributed generation penetration levels on energy markets.
Williamson, O. E. (1985).
Williamson, O. E. (1996).
Williamson, O. E. (1999). Public and private bureaucracies : a transaction cost economics perspective.
Submetido em:
23/04/2019
Aceito em:
15/10/2020