A intensidade da exploração agropecuária como indicador da degradação ambiental na região dos Cerrados, Brasil
Nina Rosa da Silveira Cunha; João Eustáquio de Lima; Marília Fernandes de Maciel Gomes; Marcelo José Braga.
Resumo
Constituindo-se no maior fator de risco e de efetiva degradação para o Cerrado, a intervenção do homem na natureza e, em especial, na exploração agropecuária requer análise e monitoramento mais profundos. Este trabalho objetiva analisar as relações entre a exploração agropecuária e a degradação ambiental na região dos Cerrados, em 1995-1996. Em particular, pretende-se, por meio de análise estatística multivariada, verificar os fatores associados à intensidade da agropecuária, predominantes na determinação do padrão de degradação, além de obter índices de intensidade de exploração que possibilitem hierarquizar e agrupar as microrregiões em termos de potencial de degradação. Analisando os resultados alcançados verificou-se que a intensidade da exploração agropecuária manifestou-se pelo uso intensivo do solo (exploração agrícola) e de tecnologias mecânica e bioquímica; pela intensidade de exploração pecuária; e outras dimensões da agricultura. As microrregiões com maiores níveis de degradação concen traram-se no noroeste de Minas Gerais, parte do sul de Goiás, e, em parte do sudeste de Mato Grosso. Os menores valores médios do índice de degradação ficaram por conta de Tocantins, Piauí e Maranhão. O maior índice coube à microrregião Primavera do Leste (MT) e o menor a Jalapão (TO).