Condições econômicas e nível de qualidade ambiental no estado do Rio Grande do Sul
Marivane Vestena Rossato; João Eustáquio de Lima; Viviani Silva Lírio
Resumo
A análise da qualidade ambiental e das associações mantidas com o sistema econômico sempre foi tema de grande interesse na comunidade científica e nas organizações públicas e privadas. O estado do Rio Grande do Sul tem apresentado alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), porém, baixos valores de importantes indicadores de qualidade ambiental. Assim, este estudo teve como objetivo fornecer evidências empíricas acerca de como o nível de atividade econômica interfere na qualidade ambiental dos municípios gaúchos, bem como construir um Índice de Qualidade Ambiental (IQA) e um Índice de Desenvolvimento Humano-Ambiental (IDH-A) para esse estado, como uma alternativa para representar o seu nível de desenvolvimento humano com uma dimensão ambiental. Os resultados indicaram que níveis de atividade econômica mais intensa desencadeiam menor qualidade ambiental. O IQA médio do estado foi estimado em 0,55 e o IDH-A, em 0,25, valor bem abaixo do IDH médio gaúcho, que foi de 0,78. Evidenciou-se ainda, por meio da Análise Exploratória de Dados Espaciais (Aede), a existência de padrões espaciais distintos em relação à renda per capita, ao IQA, ao IDH e ao IDH-A do Rio Grande do Sul, indicando a sua grande heterogeneidade espacial.