Revista de Economia e Sociologia Rural
https://revistasober.org/article/5d8b91be0e8825d911f2a2f8
Revista de Economia e Sociologia Rural
ARTIGO ORIGINAL

OS PESQUISADORES DE BIOMASSA NO BRASIL: PERFIL E PERCEPÇÕES DO IMPACTO POTENCIAL

LUIS EDUARDO ACOSTA HOYOS; JOSE SOLÓN GUERRERO; HUMBERTO VENDELINO RICHTER

Downloads: 2
Views: 1149

Resumo

Estudo realizado entre os participantes da "II Reunião de Programação do Programa Nacional de Pesquisa em Energia da EMBRAPA - PNPE, na qual aplicou-se um questionário aos 70 técnicos assistentes. Os resultados indicaram que a grande maioria (90%) tem menos de 46 anos de idade. mostrando que trata-se de um grupo jovem; e considerando-se que o período mais criativo dos pesquisadores está compreendido entre os 35 e os 45 anos, concordamos que 42% estão no auge da criatividade. Contudo, sua experiência na área de energia não é grande, pois somente 20,5% dos entrevistados atua na área por mais de 5 anos. Além disso, apenas 12% possuem especialização em energia. Isso indica a necessidade de promover a expansão de cursos e treinamentos na área energética. É baixa a produção científica na área de energia, em termos de publicações técnicas e divulgação de resultados. Embora a maior parte dos entrevistados (56%) possuam curso de pós-graduação, apenas 27% têm nível de doutorado. Entretanto 62,5% são pesquisadores de tempo integral e 16,5% professores universitários. Cerca de 73% se dedicam a pesquisas de biomassas com diferentes graus de dedicação. Observa-se que os entrevistados, em geral, estão conscientes de que a transição para o uso de fontes alternativas de energia irá gerar transformações econômicas e sociais importantes. Na opinião dos entrevistados a maior parte dos impactos será positiva, gerando aumento da produção agropecuária agregada e da sua produtividade, crescimento da renda agrícola, energização do meio rural, maior emprego da mão-de-obra rural, melhoria do nível de vida da população, estímulo ao desenvolvimento tecnológico e economia de divisas. Os impactos negativos, em menor número, indicados pelos técnicos, são o deslocamento das culturas alimentares, a concentração da posse da terra e da renda e a sazonalidade do emprego da mão-de-obra.

Palavras-chave

capital humano, biomassa, sociologia da ciência, energia alternativa.

Referências

ACOSTA HOYOS, L. E. Características do processo de comunicação científica entre pesquisadores agrícolas brasileiros. Brasília, EMBRAPA/0I0, 1981. 42p.

CONSELHO NACIONAL OE DESENVOLVIMENTO CIENTl"FICO E TECNOLÓGICO. Brasília, DF. Avaliação tecnológica do álcool etílico. Brasília, 1978.

COOK, C.S. Renewable energy: the other answer. ln: ENCYCLOPEDIA BRITANNICA. XIX Yearbook of science and the future. Chicago, University of Chicago Press, 1979. p.82-102.

COSTA, G. J. & GRACIANO, J. R. Uso de energia elétrica na zona rural. ln: CONGRESSO BRASILEIRO OE ENGENHARIA AGRl"COLA, 9, Campina Grande, PB, 1979. Anais. Campina Grande, Universidade Federal da Paraíba, 1980. p.420-31.

EMPRESA BRASILEIRA OE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Brasília, D.F. Departamento de Diretrizes e Métodos de Planejamento. Programa de avaliação socioeconômica da pesquisa agropecuária do Projeto li - EMBRAPA/BIRD: modelo de análise. Brasília, EMBRAPA/ DOM, 1982. 144p.

GUERRERO, S. J. A energia fóssil em situação terminal. Viçosa, Universidade Federal de Viçosa, 1982a. 33p. Mimeografado.

GUERRERO, S. J. Entendendo a linguagem da energia. Viçosa, Universidade Federal de Viçosa, 1982b. 33p.

HARTMAN, W. W. World energy and the challenge to industrial civilization. Palo Alto, Califórnia, Center for the Study of Social Policy of Standford University, 1979. p. 84-99.

LECHMAN, H. C. Age and achievement. Pricenton, New Jersey, Princenton University Press, 1953.

PASTORE, J. A criatividade na pesquisa agrícola. R. Adm., São Paulo, 14(2):5-39, abr./jun. 1979.

PELZ, D. C. & ANDREWS, F. M. Scientists in organizations: productive climates for research and development. Annarbor, Michigan, lnstitute for Social Research, University of Michigan, 1976. 401p.

QUEIROZ, R. M. F. D. A evolução do ensino superior agrícola no Brasil e sua contribuição ao desenvolvimento: o caso de Viçosa-MG. Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Universidade de Brasília, 1979. 232p. Tese MS.

RESKIN, B. F. Scientific productivity reward structure. Am. Soe. Rev., Urbana, Illinois, 42: 491-504, June, 1977.

RYAN, C. J. The choices in the next energy and social revolution. Standford, California, Department of Engineering-economic Systems, 1977. 25p.

RYAN, C. J. Renewable energy systems: social choices or necessity. Standford, California, Department of Engineering-economic Systems, 1980. 22p.

SANTOS, H. H. M. & NOGUEIRA, L. A. H. Uma análise comparativa de eletrificação rural entre as opções: linha de distribuição e auto-geração como uso de biogás. ln: SEMINARIO INTERNO DE PESQUISAS DA ESCOLA FEDERAL DE ENGENHARIA DE ITAJUBA. ltajubá, 1981. s.n.t. 8p.

STEPAN, N. Genese e evolução da ciência brasileira. Rio de Janeiro, Antenova, 1976. 188p.

SWEENEY, J. L. Energy and economic growth: a conceptual framework. Standford, California, Department of Engineering-economic Systems, 1979. 24p.

VEIGA FILHO, A. O Programa Nacional do Álcool e os impactos na economia paulista. São Paulo, Secretaria da Agricultura, Instituto de Economia Agrícola, 1980.

VOGEL Y, W. Energy. ln: ENCYCLOPEDIA BRITANNICA. XIX Vearbook of science and the future. Chicago, University of Chicago Press, 1979. p. 298-305.

WATT, K. Environment. ln: ENCYCLOPEDIA BRITANNICA. XIX Vearbook of science and the future. Chicago, University of Chicago Press, 1979. p.305-10.


Submetido em:
15/02/1983

Aceito em:
06/02/1985

5d8b91be0e8825d911f2a2f8 resr Articles
Links & Downloads

resr

Share this page
Page Sections